segunda-feira, dezembro 04, 2006

My name is Gina...Vagina...

Quem tem frequentado as salas de cinema recentemente, tem-me dito que o novo filme de 007, Casino Royale, está diferente dos anteriores. Eu recuso-me a acreditar, e por isso mesmo vou dirigir-me a uma qualquer sala de cinema para assistir ao filme.
Eu, como toda a população mundial nascida depois do Neanderthal, estou habituado a distinguir os filmes do James Bond pelos bólides que ele conduz e pelas miúdas que leva para a cama. O enredo, esse, tem sido sucessivamente reciclado. Se este filme é de facto, e de algum modo diferente dos seus antecessores, meus amigos, estamos perante um marco importante para toda a Humanidade. Tal como disse Neil Armstrong quando pisou a lua, "that's one small step for man, one giant leap for mankind", se é que ele esteve mesmo lá... Eu até cheguei ao ponto de pensar que talvez James Bond agora conduzisse o novíssimo topo de gama Ford Mondeo, derivado do anúncio televisivo... Mas tratei logo de saber que não, afinal ele continua a conduzir carros de gama média/baixa, com baixa cilindrada, económicos e com pouca electrónica. Desta vez é um Aston Martin DBS. Tudo banal para não dar nas vistas, portanto.
A ser verdade, o facto de Casino Royale não ser mais do mesmo, mostra que os responsáveis pela realização do filme tiveram um rasgo de lucidez e acharam que o formato de Dr. No e seus 20 clones estava suficientemente esmifrado, e decidiram inovar. É de louvar a lucidez destas pessoas, e apenas de lamentar que tenha surgido com um atraso de cerca de 40 anos.