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terça-feira, dezembro 03, 2013
quarta-feira, julho 04, 2012
O bosão de Relvas
quinta-feira, maio 17, 2012
Quero "captchas" com equações diferenciais, e já!
segunda-feira, junho 20, 2011
O Metro é para as aldeias!
Agora imaginem-se alguns dos benefícios da instalação de uma rede de metro num destes locais:
- Protecção dos direitos dos animais de carga, tais como burros ou bois, que passam a servir de facto para o transporte de cargas e não para o transporte de velhos mandriões;
- Prosperidade económica da terriola, com a garantia de conectividade entre os principais pólos geradores de riqueza como o talho ou a mercearia;
- Desobstrução do trânsito de peões que circula habitualmente a 0,02 km/h;
- Diminuição da poluição sonora causada pela deambulação de bengalas e muletas, assim como por gemidos e lamúrias;
- Diminuição da poluição atmosférica, com a diminuição de espirros e catarreiras na via pública, passando estes a ser maioritariamente perpetrados no interior do metro (serão disponibilizadas máscaras gratuitas à entrada para os visitantes que pretendam evitar apanhar uma doença (diz-se para os visitantes, partindo do princípio que os habitantes não quererão perder a oportunidade única de assim contraírem um pack de doenças endémicas));
- Possibilidade de criação de um centro de investigação científica, pois em resultado do referido no ponto anterior, as composições do metro passarão a funcionar como autênticas incubadoras de vírus e bactérias, que dada a proliferação e diversidade previsível, poderão tornar-se caixas de Petri ferroviárias e proporcionar uma condensação da evolução daqueles seres no tempo para formas de vida superiores (quiçá, inteligentes) dentro dos próprios veículos.
Esta última vantagem é claramente fruto de um excesso de optimismo da minha parte, mas todas as outras são óbvias para quem consiga olhar este projecto com seriedade e não tenha, por assim dizer, palas.
E como não sou indivíduo de me ficar por palpites dispersos, já elaborei, inclusivamente, um projecto. É um projecto genérico, elaborado para uma terriola ao acaso, mas que pode ser facilmente adaptado a qualquer pequena povoação rural, porque no fundo, são todas iguais.
Projecto para uma rede ferroviária de transporte público para a localidade de Crefodita:
Aspectos gerais:
- O nome "metropolitano" refere-se a "metrópole", e como este projecto se trata de uma adaptação à realidade rural, não será instalado numa metrópole, mas sim numa aldeópole. Deverá ser assim designado por "aldeopolitano", ou na sua forma abreviada, "aldeo";
- Deverá ser criada uma empresa responsável pela administração do Aldeopolitano de Crefodita, cuja direcção deverá ficar, fruto da conjuntura e das directrizes já providenciadas nesse sentido, a cargo do filho e do sobrinho mais velho do presidente da junta;
- As linhas deverão ser, na sua totalidade, enterradas. Desta forma, conseguem preservar-se os valores de manutenção da paisagem rural e agrícola, e por outro lado, obter para a localidade um sistema livre do cheiro a estrume;
- A tuneladora "Micas" deverá ser alugada para a tarefa da criação dos túneis e estações do aldeopolitano. Depois de ter conseguido esburacar os duros granitos do Porto, é comprovadamente a opção mais acertada para perfurar os depósitos de estrume cretáceo presentes no subsolo profundo de Crefodita;
- As estações deverão reflectir a tradição e História da terra, e como tal deverão contar diariamente com a presença de uma vaca leiteira em cada extremidade da plataforma, e aos domingos será sempre efectuada a matança de um porco numa estação definida por sorteio. A decoração ficará a cargo do pintor Ernesto "Coibes" Rego, responsável pelas obras "A espiga de milho", "A vaca que pariu um boi" ou "Na moita me fodi". As "vending-machines" deverão disponibilizar aos utentes do aldeopolitano produtos como mini-broas, sandes de presunto, couratos, tremoços e tiras de queijo de cabra, assim como copos de vinho branco ou tinto, verde ou maduro;
- Em questões de segurança, o aldeopolitano primará pela excelência. Será contratado um "abafador" por estação para auxiliar os utentes que lidem mal com as diferenças de pressão. Elementos da GNR serão destacados sempre que haja o relato da invasão de estações por javalis ou ratazanas de grande porte. Para além disso, será criada uma empresa de segurança privada que vigiará em permanência as estações e composições do aldeo. Esta empresa será gerida pelo genro do presidente da junta;
- As composições do aldeopolitano utilizarão uma bitola estreita de 350mm, que permitirá a realização de curvas mais apertadas, nomeadamente ganchos e rotundas. As composições serão baseadas em material circulante da antiga mina de cobre e serão locomovidas por um conjunto de 60 motores Famel Zundapp 280-4V com sistema de inversão, providenciando 306 cavalos de potência e uma velocidade máxima de 55 km/h a descer. O comprimento de cada composição será de 70m, divididos por 7 carruagens, e providenciará lugar a 150 passageiros sentados, 1000 passageiros em pé, ou 80 passageiros deitados;
- O desenho da linha deverá ser pensado tendo em conta os superiores interesses da população residente. Este ponto é impreterível, mas contudo poderá ser considerada a dinamização turística de Crefodita em alguns troços, como as ligações a partir da Estrebaria, ou a expansão futura para a localidade vizinha Tragute de Peiça.
Proposta de rede aldeopolitana para Crefodita:

O contrato assinado com a Mota-Engil prevê um orçamento de 170 mil milhões de euros (50 mil milhões de euros para a primeira fase de construção, e 120 mil milhões de euros para a segunda fase), com uma derrapagem financeira estimada na ordem dos 700%. O apoio bancário será prestado pelo Banco Panela, com uma taxa de juro na ordem dos 325%. O valor total da dívida deverá ser liquidado pela autarquia ao cabo dos próximos 5 milhões de anos.
terça-feira, junho 29, 2010
Mundial motorizado

E basta olhar para a equipa japonesa para perceber que Portugal enfrentaria um grande problema de centímetros cúbicos. Então não é que o Japão tem o Honda a jogar? E ao que parece o Toyota, o Suzuki e o Mirsubishi só não estão a jogar porque se envolveram num acidente e foram parar à oficina, excepto o Suzuki que foi mesmo para a sucata.
Ou seja, em caso dos "Navegadores" encontrarem a equipa nipónica nos quartos, Queirós seria mesmo obrigado a por o UMM e o Famel a jogar. Se é verdade que nenhum dos dois tem velocidade para acompanhar os adversários, também é verdade que o primeiro não teria dificuldades em atropelar tudo o que aparecesse à frente no caminho para a baliza, e o segundo conseguiria finalmente a proeza de abafar o barulho das vuvuzelas.
domingo, junho 27, 2010
Censos vão perguntar qual a orientação sexual dos portugueses

Parece-me bem e já consigo prever outras perguntas que irão figurar nos inquéritos, como por exemplo quanta memória RAM têm instalada nos seus computadores, se dormem de barriga ou de rabo para o ar ou se preferem a salada com azeite ou vinagre.
Também me parece provável a adopção da plataforma digital para a elaboração dos Censos, em detrimento do normal preenchimento em papel, através da criação de um quiz no Facebook.
terça-feira, agosto 25, 2009
Um sloganzinho, faz favor...

Nota: onde se referem "textos cheios de qualidade" entende-se por isso "baboseiras". Eu é que não encontrei palavra melhor e estou cansado de "baboseiras".
quinta-feira, março 20, 2008
quarta-feira, fevereiro 06, 2008
O factor piço

Eu: Bom dia Sr. Deus, como tem passado?
Deus: Olhe, já tenho passado melhor, tem estado frio e eu tenho-me ressentido das costas, de modos que também tenho andado mais ausente, até porque o médico me recomendou que ficasse em casa a repousar.
Eu: Mas então também Deus tem problemas de saúde?
Deus: Claro homem, eu já ando por cá há 20000 milhões de anos, a idade não perdoa.
Eu: Pois… E será por andar mais afastado que têm ocorrido mais desastres naturais?
Deus: Não, antes pelo contrário, os desastres naturais são brincadeiras que eu às vezes faço para descontrair, e também para as pessoas se lembrarem que eu ainda estou activo e que não preciso de muletas como já alguém tentou sugerir.
Eu: E então o tsunami na Indonésia em 2004 também foi uma forma que Deus arranjou para se divertir?
Deus: (gargalhada) É curioso que me fale nisso… Não, o tsunami aconteceu porque eu dei um murro na máquina do café. Estava a preparar o café, e não sei porquê, a máquina não estava a trabalhar, e então eu dei-lhe um soco. E se um bater de asas de uma borboleta em Pequim pode provocar um tufão na Florida, imagine-se o que um soco de Deus na máquina de café pode fazer na Indonésia.
Eu: Muito bem. Então, Deus, afinal o que é a sorte?
Deus: Bem, a sorte é no fundo a maneira que eu encontrei de as pessoas acreditarem em mim, na minha existência. Isso e aquele fulano que eu mandei cá abaixo há 2000 anos.
Eu: Humm… Não quer explicar melhor isso?
Deus: Não, mas se quiser posso ensiná-lo a fazer um rolo de carne que é daqui. (Deus indicou a orelha)
Eu: Não, muito obrigado, mas agradecia que concretizasse melhor aquilo que disse em relação à sorte.
Deus: Bem, repare numa coisa. Imagine um indivíduo que foi despedido, cuja mulher o abandonou, e que descobre que o filho é homossexual. Esse homem está desesperado, verdade? Agora imagine, que no dia em que ele se prepara para cometer suicídio, descobre que ganhou o euromilhões, encontra uma boazona que imediatamente se apaixona por ele, e descobre que o seu filho foi morto à pedrada, o que é que esse homem pensa? Pensa: “afinal, Deus existe”. É assim que isto funciona. Diga-me lá, o que é que pensou quando tirou 10 naquele exame de Zoologia para o qual não estudou?
Eu: Pensei no quanto os professores eram burros, ao ponto de deixarem passar alguém que responde que as membranas celulares são feitas de betão armado.
Deus: E não pensou que eu de facto existia?
Eu: Não, aliás, convenci-me que de facto você não existia, porque o seu papel ali seria dar-me nas orelhas.
Deus: Então acho que vou ter de rever os meus procedimentos…
Eu: Pois, também me parece. E já agora, aproveitava para lhe fazer uma última pergunta. O que aconteceu à Maddie?
Deus: Bem, eu não vou arriscar contar-lhe, pois já se sabe que quando algo surge que vai contra as pretensões dos McCann, aparece sempre alguma coisa a favor da tese de rapto que tanto interessa àqueles pais. Portanto não vou estar aqui a dizer que foi a mãe que matou a filha graças a uma overdose de comprimidos para dormir, porque numa batalha entre mim e o Daily Mirror, parece-me óbvio que eu sairia a perder e em descrédito.
Eu: Como queira. Resta-me agradecer a sua presença aqui, e em todo o lado.
Deus: Ora essa.
Eu: E lembrá-lo de que para a próxima seria melhor que não fumasse, porque agora é proibido, e se aparece aí a ASAE é uma chatice, quer para mim, quer para Deus.
Deus: É verdade, tinha-me esquecido! E eu até ando a tomar as pastilhas Nicorette a ver se deixo o vício… E já se sabe que Deus perdoa, a ASAE não…
Bom, depois disto só espero não ser confundido com a Alexandra Solnado.